segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tem gente que passa fome de graça!




















O estereotipo de beleza dominante vem sendo cada vez mais difundido pela mídia. É bunda de tal jeito, é coxa de tal medida, é pênis de tal diâmetro e barriguinha saradinha. Criou-se uma relativa necessidade de paradigma físico robótico, no qual, a felicidade depende de tal perfil.
Na busca por tal robotização, pessoas procuram medidas alheias, medidas de terceiros para alcançar o gozo, como se isso fosse uma real integração entre dois corpos, como se isso fosse a formula máxima do tesão.
O tesão por si só não depende de físicos másculos, cabelos escovados e lentes claras. O que precisa disso é a mídia, pois sem manipulação ela não vive. Quantas e quantas pessoas poderão ficar traumatizadas, ou no mínimo decepcionadas, por não ter o traseiro da Andressa Soares, a famosa “mulher Melancia”? As mulheres querem ter o traseiro assegurado da Carla Perez, em contrapartida não são muitas que se declaram a favor de ter seu nível cultural.


O nível cultural talvez tenha sido a maior barreira desse espetáculo pós-moderno. Você escolhe: Pagar pra pegar peso, ou pagar pra ter cultura? Pagar pra ficar robotizada ou pagar pra ter coesão e coerência? Ajudar quem passa fome, ou passar fome de graça?Pois é, a mulherada caminhou para um novo patamar onde deixaram de lado o prazer de serem amadas para apenas transformarem em um objeto de desejo, de posse, de masturbação! A liberdade e igualdade dos sexos transformou-se na vulgaridade feminina, na masculinização do feminismo. A luta trouxe resultados inesperados e infelizmente as mulheres passaram a se equiparar com nos homens, ou seja, tornaram-se sujeitas vazias, sem pudor e com um narcisismo oculto.

Sobre um corpo estilizado, cheio de aculturação e de perfil imposto, que cheira apenas a masturbação e a óleo de amêndoa, eu prefiro ficar despersonalizado!

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