terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Esmola? Não obrigado!



Alimentar a pobreza criando meios pra que ela se fortaleça, progrida e se espalhe por esse Brasil continental sempre foi nossa política mais abrangente, por isso a pobreza nunca acabou, pois ela é a maquina eleitoral desse Brasil imundo.
As esmolas governamentais, religiosas e populares acomodam. Acomodam e incomodam! Acomodam porque criam uma expectativa de vida baseada nas migalhas das ilusões, na vida do encosto, na espera de algo do próximo. Incomodam pois o dinheiro que sustentam tais esmolas, em sua maioria, são de proveniência governamental, ou seja, dinheiro do povo. Dinheiro do povo que não serve pra ajudar o povo, e sim apenas deixá-los sobreviver!


A pobreza é vergonhosa. Mantê-la viva é uma crime! Devemos acabar com a pobreza de forma racional e eficaz, sendo assim devemos acabar com a esmola. Precisamos fazer políticas sociais que realmente ajudem o povo, construindo um relacionamento benéfico, que deixe um alicerce para que este possa sobreviver dignamente, não parasitariamente.
Educação nunca é de menos. Acesso a comunicação nunca é de mais. Democratização política e dos bens naturais poderia ser um começo. Criar um novo status quo poderia ser um bom final.

A luta parece está demasiadamente fora de moda, os discursos se encontram em estágios demagógicos, precisamos ter uma nova analise sobre nossos conceitos... Precisamos explodir nossos conceitos e se desligar de nossas imbecilidades!
Oscar Wilde dizia: “Os piores senhores eram os que se mostravam mais bondosos para com seus escravos, pois assim impediam que o horror do sistema fosse percebido pelos que o sofriam, e compreendido pelos que o contemplavam.”
Fim!

Paz?

A paz é minha companheira, minha parceira, praticamente uma truta minha. Conheço a paz há muito tempo e muito provavelmente meus primeiros contatos com ela foi na minha educação domestica infantil, que privilegiou o dialogo, a retórica e a paciência.
Em contrapartida muitos daqueles que cresceram em minha comunidade não tiveram o mesmo acesso a tal educação, e por ventura não obtiveram em sua formação pessoal um limite quase infinito de possibilidades pacifista, o que elevou, e as estatísticas policias podem provar, uma grande taxa de violência urbana no local onde cresci.

Estatísticas! Estatísticas?
Para que servem mesmo esse tipo de estatística? Para um futuro compromisso social firmado entre governo e população, na qual, a segunda será beneficiada por futuros investimentos em qualidade de vida, tentando com isso diminuir a violência no futuro? Ou para criar uma barreira na expansão imobiliária, ou algo do tipo, que possa sempre privilegiar uma determinada classe, em detrimento e comparação a outra?
Não sei não! Tenho medo de controle social. Tenho medo de estatísticas! Tenho medo da violência! E preciso mais de paz!




Em busca dessa paz que tanto almejo passei a divulgar minhas intenções pacifistas, passei a escutar idéias insignificantes para me, só para deixar as pessoas mais relaxadas, mais felizes, ao menos momentaneamente! Passei a não comer carne! Passei a fumar menos!


Em um primeiro momento até pensei que tal submissão das minhas vontades e taras seriam benéficas para o globo. Porém depois pensei que o globo não seria benéfico se eu não continuasse a ser “Eu”. Portanto continuei a ser da paz, porém voltei a desconfiar de tudo que se mexe, de tudo que pode virar estatística, de tudo que pode tirar minha paz.