segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A culpa é do Estado!




A grande confusão momentânea na cidade que não é maravilhosa me deixou com muitas duvidas: quem realmente levará a Paz? E como acreditar em uma paz armada? A paz é uma condição de direito de cada cidadão, muito provavelmente um direito inalienável, porém o mesmo que era para garantir tal condição, é aquele que de forma bastante arbitrária transformou ou construiu essa realidade.
Se antes os moradores de comunidades pobres cariocas viviam sobre o terror do tráfico de drogas, agora eles iram viver sobre o terror do Estado, o mesmo Estado que sempre se mostrou omisso a respeito de suas necessidades, o mesmo que é culpado pela desigualdade que ocasionou a formação de moradias indignas, o mesmo Estado que pôs as armas naquelas mãos.
A culpa é do Estado e de cada cidadão que acredita nesse tipo de cidadania. Como acreditar que o povo vai ser liberto por causa de uma suposta polícia pacificadora? Como? O povo só será liberto quando tiver acesso igualitário aos meios que educam. O povo só será liberto quando de fato jogar a ultima pá de barro nesse tipo de governo.
Creio que um novo tipo de governo que deveria está em questão, um executivo que de fato faça valer nossos esforços para manter nossa democracia, um legislativo que criem leis que possam repartir o bolo para com todos, e um judiciário que aplique o rigor da Lei sem distinção de CEP ou contracheque. Utopia não é acreditar em acesso democrático ou na defesa de uma República, utopia é acreditar que a paz armada, imposta por um Estado omisso, e aplaudido pela imprensa que ganha dinheiro com o sangue do pobre, possa mudar profundamente a realidade daqueles que estão oprimidos por ambas as partes, o tráfico e o seu concorrente fiscal, o Estado.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quer dizer que seu ídolo morreu por você?

A crença em algo espiritual, que supostamente está acima de todos, não me chateia. De fato me acostumei viver entre falsos moralistas da cristandade, pessoas que falam o nome de Cristo ou de Deus em vão, pessoas que vão a Igreja rezar e fazem tudo errado logo após o fim da celebração, pessoas que apesar de gritarem “EU SOU CRISTÃO”, cometem tudo que é tipo de pecado que o mais ateu de todos pensaria melhor antes de cometer.
Pois bem, nas ultimas semanas tenho recebido na minha conta no Orkut, algumas “rinhas” de orações, as quais, de forma não racional, afinal de contas é uma rede de orações pelo Orkut, tentam chamar a atenção dos jovens e velhos para a falta de importância de Cristo em algumas pessoas.
Entre tais mensagens de apelo emocional, questiona-se o por que das coisas terrena estarem tomando o lugar das coisas que supostamente são de Deus, como a verdade ou os templos religiosos. Muito provavelmente não sou a pessoa mais indicada para responder tais indagações, mesmo assim vou tentar.
Talvez os bares estejam cheios e os cultos estejam esvaziados pelo fato de nenhum dos dois serem algo de Cristo ou Deus, e sim dos homens, e sendo assim o que realmente trás maior prazer momentâneo vai ter maior prestigio. Não sou um conhecedor da palavra da salvação, mas posso questionar a atitude de alguns fieis sobre a sacralização em nome da religião. A religião só faz condenar, talvez ela deveria procurar um novo paradigma para dialogar com as populações de pecadores, buscando uma nova forma de mostra ou apresentar Jesus e seus amigos.
Acredito que a melhor forma de chamar atenção não seja afirmar que Jesus Cristo tem conversas formais ou informais com aquele que é conhecido como Satanás. E mais, será que é sempre louvável mostra Cristo como um frouxo disposto a fazer sempre um sacrifício pessoal para salvar o ocidente? Talvez seria a hora de estudar, ou mesmo debater, novas ideias e concepções sobre o cristianismo.
De fato, acredito que fazer uma oração não salvará ou irá melhorar a vida de ninguém. O que deve importar são as boas obras para com os mais humildes e desamparados, afinal de contas espalhar por uma rede de comunicação e bate papo um texto sem coesão e coerência não é sinal de glorificação, e nem Igreja nenhuma salva, afinal de contas, são muitos representantes de missas, cultos e outros tipos de celebrações que estão envoltos de atitudes pecaminosas que até o famoso Satanás não praticaria.
Eu sei que é um pré-requisitos de religiosos acreditar em coisas que não são reais, mas acreditar que uma rede de oração pelo Orkut pode ocasionar um milagre é no mínimo uma asneira virtual, para não dizer um pecado diante de Deus!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Todo mundo odeia o Zé




Seria bem legal que o título dessa postagem fosse verdade, mas infelizmente não é, ao menos quando o Zé em questão é o Zé Maranhão, também gentilmente conhecido como Zé Pomba, governador da Paraíba por três mandados, o que provavelmente lhe dar uma parcela de culpa pela falta de desenvolvimento e prosperidade dessa região.
Nem todo mundo odeia o Zé, na verdade, de acordo com pesquisas que analisam a corrida para o Palácio da Redenção, muitas pessoas gostam do Zé, o Zé está na frente, mas uma vez o mestre de obras governará o estado da Paraíba, prometendo muito provavelmente o que não pode e que de forma alguma vai cumprir, viva a democracia!!!
Seria uma ótima oportunidade para concordar com Nelson Rodrigues e aclamar que “toda unanimidade é burra”, mas temo que alguém concorde com minha singela opinião e me torne parte de uma pequena unanimidade, o que teoricamente me transformaria em um burro.
De fato, os eleitores de Zé Targino Maranhão não são burros, na verdade são desatenciosos. Pois esses eleitores temem a mudança, são acomodados com a parcela do bolo que nos resta de migalhas, acreditando no terrorismo midiático, acreditando que esse tal “Senhor Candidato” vai dar seguimento a um tipo de governo e gestão pública que só apareça na televisão, ou que só fica no discurso, que não se une com a prática, e que sustenta o discurso da desigualdade e atraso econômico local.
Sim eu queria que todo mundo odiasse o Zé, porém pelo apontamento da pesquisa apenas os pessoenses e os campinenses são capazes de não engolir ele novamente. A região do Brejo tá com ele, os sertanejos não o largam e até o pessoal da região metropolitana de João Pessoa caiu em suas graças desgraças.
Pois é, o Zé está preparado. Para melhorar os problemas de segurança ele pretende comprar mais viaturas. Para melhorar a educação ele promete investir melhor em fardamento escolar. E para melhorar, ou mesmo fazer enfim funcionar a CAGEPA, ele talvez faça o mesmo que fez com a SAELPA e com o PARAIBAN, irá privatiza – lá.
Boa sorte ao povo paraibano, só são mais quatros anos de progresso, obviamente de acordo com a definição desses eleitores a respeito do conceito de progresso. Parabéns aos sertanejos, só serão mais quatro anos com um governador que adora o discurso da seca, parabéns aos adversários, que alijados do poder poderão futuramente se vangloriar e dizer: “Eu não participei desse governo! E eu também odeio o Zé!”

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Não poderia ser pior



Tocar, escutar, pogar, discutir e se divertir são coisas que não me separaram do bom e não tão velho Hard Core, e para mim, são esses pontos que sustentavam a ideia de música underground, uma música sem firulas, com objetivos claros, não financeiros, um testemunho da agonia social.
Simplesmente passou? Não, não passou não! Porém, é difícil achar novas vertentes da música underground que se identifique com a escola musical oitentista, noventista ou até do início desse novo século. De fato, as novas bandas, ao menos aquelas que chegam aos adolescentes por meios midiáticos, inverteram tudo aquilo que se tinha construído sobre postura Rock, pra não citar a postura Punk, a qual, roubaram parte do visual e misturaram com ideais direitistas burguês.

Bandas como Restart, Nx-Zero, Cine, e um mói de outras bostas, são aquilo que melhor representa a postura Posers, verdadeiramente posers, um verdadeiro modelo de um “roqueiro de shopping”, que infiltrados não só nos meios midiáticos, como a TV, mas também em qualquer região urbana, notadamente rock, denigrem aqueles que realmente ouvem a musicalidade e vestem a ideologia dos três acordes, e que historicamente construíram algo que não poderia terminar (e lógico que não terminou) assim.
A grande dúvida do momento, ao menos pra mim, gira a respeito do que mais pode acontecer com a música e ouvintes do underground brasileiro. Bandas, tipicamente burguesas, são a porta de entrada para que adolescente se identifiquem com o modelo musical e passem a procurar mais a respeito, mas a partir do momento que a referencia se tornou tais bandas citadas acima, "temo" que o underground morra.
Morra porque seu ideal não era apenas musical, como hoje é. Morra porque a visualeira é mais importante que tudo, e nesse mundo de estilistas o que sobrevive é aquele que melhor representa a decadência cabeleira, ocultando a iniciativa de debates a respeito de outros temas que muito provavelmente deveriam ser o fogo de uma juventude que é excluída socialmente, e que se acomodou da sua exclusão. Morrerá e não morrerá.
Porém, o mundo dos acordes nervosos estão cheios de pessoas subversivas que adoram contestar aquilo que os circunlam, cheios de pessoas com asco daquilo que está sendo criado, cheios de pessoas que representam o verdadeiro underground. São essas pessoas, identificadas ou não com algo nostálgicos, que farão o underground do underground, são elas que representam a resistência ao projeto besteirol, são elas que olharão para trás futuramente e vão se orgulhar de sua falta de identificação com tal presente e lembrarão futuramente, quando a derrota musical “EMO” chegar, que nessa (naquela) época não poderia ser pior!


terça-feira, 20 de julho de 2010

Eu só queria gritar



Alguém que é muito famoso, embora esteja morto, escreveu em um certo momento que não me importa, a seguinte frase: “Se ninguém quer escutar, nada mais natural do que gritar”. É gritar (AAAAA)... Eu grito, e quer saber? Eu grito muito bem.
Já gritei em Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Guarabira, Campina Grande, Cuité de Mamanguape, Belém de Caiçara, Patos, Conde e várias outras cidades interioranas. Como também em várias cidades litorâneas como: João Pessoa, Natal, Recife, Fortaleza, Maceió... Certa vez gritei um carioca lá na cidade do Pará. Enfim, meu grito já ultrapassou fronteiras. Mesmo assim falta muitos cantos pra gritar, além de faltar muitas pessoas na minha lista que merecem ser gritadas.
Gritar faz bem, apesar de me deixar rouco. É com o grito que eu pretendo extravasar toda minha agonia, e foi com o grito que milhares de pessoas foram educadas. O grito, portanto, é uma ferramenta pedagógica, embora as políticas modernas tenham deixado tal ferramenta em posição escanteada.
Não pretendo gritar como meio repressor. Pretendo gritar como meio libertário, libertar todas as vozes pressas em minhas entranhas repressoras, libertar todas as vezes que injustamente fui calado, liberar aquilo que involuntariamente está sufocado dentro de mim, simplesmente eu grito!
Grito por minha intensa individualidade, grito para não sufocar todos aqueles que por ventura ocupam o mesmo planeta em que vivo e parasito, grito por aqueles que nunca gritaram, não por serem mudos, afinal, existem outros meios de gritar que não seja com a boca, grito... grito... grito (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Eu espero uma mudança!





Estamos em ano eleitoral e talvez esteja na hora de ocultarmos nossos desejos privados e pensarmos racionalmente sobre o que de fato é melhor para o povo paraibano. Melhor em um sentido de real mudança, e não de continuísmo do subdesenvolvimento que a anos se tornou a frente alegórica da política paraibana.
Não! Não existe rostos novos, no entanto existe boas escolhas, da mesma forma que existe, e neste caso é a maioria, de rosto conhecidos que sempre podemos assimilá-los com aquilo que não presta, aquilo que devemos negar.
Negar, por exemplo, o continuísmo. Somos pobres, atrasados e ridicularizados nacionalmente. Será que a culpa é realmente do povo paraibano ou de sua classe política? Ambas tem sua parcela de culpa, porém são os eleitores que são coniventes pela perpetuação de famílias maléficas na organização do poder político, e sendo assim da sua própria situação.
Eu não só digo não... como grito NÃO. Farei minha derradeira campanha contra nossos atuais representantes, farei meu papel de eleitor e cidadão, e dia 3 de outubro direi não ao coronelismo, direi não a diversas coligações, e sairei desse processo eleitoral de cabeça erguida, e mesmo que meu voto não seja relevante para a derrota do opressor meu papel será fundamental.
Nossos representantes políticos sempre usam o discurso da esperança. Porém, sabemos nós que a esperança é a ultima que morre, portanto enquanto não a matarmos estaremos sempre em um transe exótico e em uma realidade derradeira digna da desigualdade social.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Fotografar




A tempos queria escrever algo sobre fotografia, algo que não fosse elogiando essa técnica que é pura técnica, e não arte, algo que fosse denunciativo, que criticasse o seu andamento atual, algo que não acrescentasse nada ao processo presente dos fotógrafos.
Pois bem, resolvi tentar! E para iniciar, tenho que elogiar, em um primeiro momento, aqueles que fazem da fotografia um modelo sustentável de vida, ou seja, algo que lhes dê lucro. Receber lucro é algo gradativamente gratificante, principalmente quando esse “gradativamente” cria a real possibilidade financeira e material de conseguir êxito frente a “um mói” de oportunistas amadores que adentram no mercado não pela competência de sua obra, e sim pela sua competência de bajulação e coisas do tipo.
Fotografar é registrar o presente para o futuro, é marcar um determinado período a partir de uma determinada tecnologia, é historiar e eternizar determinado acontecimento. Em tempos não tão primórdios não existia a facilidade atual em fazer registros, pois o valor monetário atribuído a um simples equipamento fotográfico não estava ao alcance de todos, e sendo assim, nem todos registraram suas histórias.
Mas, como sabemos, a atual conjuntura econômica e tecnológica mudou bastante, e são muitos os que hoje têm acesso a tal parafernália, e são muitos os que consequentemente a usam para registrar, eternizar e historiar seu presente.
Diante disto, podemos notar que antes o paradigma de fotografar tinha outro sentido, talvez artístico, mas sempre atrelado à questão estética, e que hoje todos os valores foram fragmentados no ar, acabou um sentido e outro foi inventado, mas a estética continuou a ser o principal foco.
Jovens e pessoas não jovens passaram a fotografar todo dia, e em muitos casos o dia todo. Todo o resultado desses cliques vai parar em algum site de relacionamentos, e com biquinhos, franjinhas e “V” de vitória, os amadores vão se tornando populares, e por se tornarem populares com seu besteirol juvenil, acreditam poder adentrar no mercado profissional.
No mercado profissional, tais amadores logo sentem que, apesar de um bom equipamento, falta não apenas experiência, mas também “jeito real” para a coisa, a famosa competência. Mas são insistentes, e sabem que a partir da bajulação podem chegar ao seu objetivo.
Com o intuito de chegar aos seus objetivos, os amadores que agora se sentem profissionais, irão bajular e ocupar, encharcando o mercado, tirando a partir de cachês ridículos a real possibilidade de um profissional se sustentar, “vulgarizando o espetáculo” de registrar, passando-nos um certo tipo de intelectualidade e dom artístico que é falso, passando para os seus espectadores uma nova forma de registro que, por sinal, é vulgar.
Normalmente aquilo que se torna popular ganha novos paradigmas, como a fotografia ganhou, o que de fato não é problema... Porém, a técnica de fotografar perdeu parte da sua naturalidade, tornando-se algo falso, não proposital, patrocinando ou motivando a juventude a transformar seu presente em algo que não aconteceu propositalmente, e apagando, ao mesmo tempo, o que deve motivar mais: o trabalho do real fotógrafo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O orgulho de ser paraibano?

Sempre tive vergonha de vestir qualquer tipo de vestimenta que mostrasse, ou simbolizasse, as cores do meu estado, ou de qualquer outro lugar, pois como todo jovem revoltado, não me sentia representado por nossas instituições governamentais, e sendo assim, criei um asco a determinadas simbolizações.
Porém o tempo não parou, e aquilo que tinha em mente em determinada épocas mudaram, afinal de contas não sou mais um jovem mimado e revoltado, sou agora um adulto responsável e revoltado, no entanto, mais maleável. Decide, portanto, usar as cores do meu estado, da minha terra.
Em um primeiro momento tentei usar tais representações, como a bandeira, de forma que representasse uma certa satisfação e bairrismo por essa localidade, mas como antes não me senti confortável. Daí pensei em usar não mais a bandeira, mas experimentar apenas usar vestimentas com cores referentes ao nosso “manto sagrado”.
Saí de casa, fui ao trabalho, e logo alguém me confortou, perguntando-me se eu estava de luto, visto a camisa de cor preta que vestia, no calor de muitos graus. Tal pergunta, ou comentário, foi o que me fez melhor identificar com nossa bandeira, pois Eu, como João Pessoa, NEGO, nego usar tal representação, nego ser um bairrista, nego está de luto por um representante das minorias. Também NEGO ser representado por nosso não tão viril governador, Zé (Pomba) Maranhão, da mesma forma que NEGO a evolução política e social do nosso estado.
Resumindo, ainda enxergo o nosso estado como o via na minha adolescência revoltada, um CU(rral) eleitoral, sendo o povo paraibano massa de manobra de representantes da classe minoritária, que em nada se comprometem com o desenvolvimento dessa região, e que a fazem uma das mais sub-desenvolvidas do Brasil, motivo de piada nacional. A única coisa que me sinto representado nas cores que estampam a nossa bandeira e o preto de luto, não por João Pessoa, mas pelo o povo em quase sua totalidade, e o vermelho pelo sangue em sacrifício da nossa população, que em troca do clientelismo público e privado aceitam o jogo político oligárquico da Paraíba, esse jogo eu NEGO!

Eu NEGO Zé Maranhão

Eu NEGO João Pessoa

sábado, 12 de junho de 2010

Underground



O underground resiste a passos largos, e se as bandas não agradam àqueles que tem os sentimentos mais nostálgicos, como é meu caso, as atividades e trocas de ideias se tornam mais intensas, agradando às lembranças históricas de outrora, através daquilo que compõe e dá sustentabilidade a esta nova sociedade pós-moderna.
Nesse meio ao qual pertenço, e do qual me auto-excluí, e ao qual, portanto, não
pertenço mais, pude notar que continua uma intensa troca de acordes entre as capitais nordestinas, e que o fluxo de bandas sulistas também cresceu por aqui, o que me leva a crer que os contatos entre as bandas melhoraram significativamente, ao menos no que tange a questão de recepcionar os colonos.
Mesmo assim, aquilo que podemos chamar de cena alternativa, de fato, não é muito alternativa, pois não propõe uma real mudança das demais tribos musicais ou sociais existentes na sociedade, o que, na minha opinião, apenas aponto como acomodação do estilo, e que numa análise parcial posso compará-la com aquela que antes existia, e que também não apontava uma real alternativa de vida.
Ainda em minha opinião, aponto tal cena como prioritariamente modista, pois essa me parece ser a principal preocupação daqueles que estão inseridos nela: a moda. Podemos notar que os espectadores e as bandas, em muitos casos, se mostram complacentes em suas vestimentas, gírias, pensamentos e até em gostos culinários, ou seja, não existe naturalidade no que se fala, no que se pensa e no que se come!
Convém frisar que dentro desse atual underground falta discordância. Parece que todos estão envolvidos numa aura de concordância fenomenal, uma sociedade perfeita, onde superadas as questões sociais e políticas daquilo que a rodeia, restaram apenas serem coniventes em suas singularidades e coletividades.
Seria incorreto afirmar que não existe uma cena rock na Paraíba,porque ela existe sim. Porém, esta se comporta da mesma forma que outras cenas musicais: é alienada, rotulada e nada tem a mostrar de novo ao mundo. É apenas uma cópia daquilo que também é copiado em outras capitais nacionais, com algumas singularidades, lógico.


O rock sai do armário – lesbianismo, sodomia e Rock and Roll!




Deve existir alguma teoria subversiva que explique a crescente banalização da virilidade na música rock atual. O rock, principalmente aquele de garagem, em minha singela opinião, foi algo, em sua completitude, sempre ligado ao heterossexualismo; mas tal atividade, ou conduta sexual, perdeu a legitimidade, o que me faz perceber que o rock saiu do armário!
Tá certo que a purpurina e os discursos de liberdade sexual sempre foram levados a sério em qualquer modelo de comunicação que preze pela liberdade; no entanto, mais uma vez, o rock elevou o discurso defensor das minorias oprimidas, e de uma forma bem natural foi incorporando traços afeminados em suas músicas, em seus grupos, em sua subcultura.
O resultado dessas naturalidade e espontaneidade de romper limites foi o passo que faltava para as novas tribos urbanas, notadamente as da classe média, adentrarem no espaço rock, causando uma mistura muito positiva e sadia nesse círculo, e inclusive impactando a mudança do nosso clichê – Sexo, Drogas e Rock and Roll –, que passou a ser Lesbianismo, Sodomia e Rock and Roll!
De fato, ainda temos uma resistência a esse modelo, a essa libertinagem sexual. Mas podemos compreender que isso é uma tendência do modelo internacional. Afinal de contas, o Led Zeppelin acabou, e Marilyn Manson é um gay dominador. Portanto, cada vez mais, teremos uma “maior penetração” desses novos modelos, e mesmo que o creme não seja suficiente para aliviar a dor naqueles mais conservadores, essa é uma realidade com alicerce pra ficar. Ademais, olhe à sua volta: você está envolto em um mundo cor de rosa, onde ser homem ou mulher hetero chegou a ser tradicional!

terça-feira, 13 de abril de 2010

A justiça passou a funcionar!

Pois é, esses novos políticos estão empregnados de atividade e ações dos velhos políticos brasileiros. Graças a Justiça dos Homens temos o Ministério Público para tentar moralizar esse país, esse estado, essa cidade! É com pouco orgulho que falo desse episódio, pois tal político cassado apesar de nunca ter tido o meu voto, era uma esperança de renovação na atividade política desse pobre estado brasileiro.
Como notamos, a esperança é uma lástima, mas é inevitável a falta de ética daqueles que se associam com políticos tradicionais e defendem esses a unha e carne!

Vote Nulo!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quanta idiotice

Essa semana infelizmente recebi mais um daqueles e-mails sem sentido algum, e resolvi postar aqui no meu diário!

Veja essa Foto com atenção!

O Presidente da Argentina recebeu esta foto e a considerou lixo... Em 8 dias o seu filho morreu.

Um homem recebeu esta foto e a encaminhou imediatamente... Surpreendentemente, ele ganhou na loteria.

Alberto Martinez recebeu esta foto, a entregou à sua secretária para que ela encaminhasse cópias,mas ela se esqueceu de remetê-las...Ela ficou desempregada e perdeu a família.


Esta foto é milagrosa e sagrada, não se esqueça de encaminhá-la a 20 pessoas dentro de 13 dias.

Encaminhando-a terá uma grande surpresa...Parabens!

Se nao enviares.... Sinto muito... So posso lamentar.


Minha resposta foi a seguinte:

Esse foi o e-mail mais idiota que recebi nas últimas semana!

Primeiro: A foto é uma ridícula suposição de Cristo!
Segundo: Concordo com o presidente argentino!
Terceiro: Vc´s estão afirmando que uma suposta imagem de um cara que é considerado um herói pode matar pessoas inocentes só para satisfazer a bestialidade humana?
Quarto: Quem diabos é Alberto Martinez e por que ele mesmo não mandou o e-mail, ele não sabe encaminhar um!?
Quinto: Apenas um idiota acreditaria nessa porcaria de E-mail!

Portanto, para finalizar meu rancor.... Dane-se!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Minha mãe é heróina!!!



Existe um discurso muito tedioso a respeito das mães, nossas progenitoras. Tal discurso, como já frisado tedioso, levanta a seguinte indagação: toda mãe é heroína? De fato, quase toda mãe tem um pouco de heroína; caso contrário a sociedade não estaria lotada de filhos rebeldes e com tendências ao uso de alucinógenos.

Talvez as mães heroínas usem de tal substantivo ou adjetivo, pelo simples fato de não estarem preparadas, ou mesmo, não quererem ser mãe, uma escolha pessoal. Porém, mesmo com tal escolha, faltou insensibilidade para abandonar aqueles que por ventura são gerados por elas, e por ventura se transformaram numa cria de sua má qualidade heróica – ou seja, heroína, literalmente.
Como todas as progenitoras, a minha também é uma heroína, daquela que quer consumir todo o meu físico. Porém, embora sendo heroína, prefiro dar crédito aos dados não relacionados à questão da heroína, e transformar minha escrita a respeito daquela que me gerou um tanto quanto tediosa e dizer que ela se esforçou para fazer o possível, mesmo sendo a sua obrigação.
Por que temos que agradecer pelo esforço do ser feminino, que gera uma vida, por toda educação e compreensão dada àquilo que elas põem no mundo? Eu não agradeço à minha mãe pelo que sou, apesar de me orgulhar do meu presente. Na verdade, acredito que todas que tiveram como objetivo engravidar e criar têm como obrigação se esforçar, mesmo que isso implique em ela se tornar uma heroína, como a mãe de um amigo meu, uma droga.
Será que tais pensamentos me tornam um descendente mal agradecido? Caso seja positiva a resposta, é culpa da minha heroína do lar.