
Não seria exagero dizer que tenho nojo daqueles que tratam o jornalismo policial, ou a tragédia da vida real, com um deboche bizarro, o qual, agride olhares e ouvidos dos “mais ou menos” esclarecidos, mas que caem nas graças daqueles que não vêem desgraça na desigualdade social.
Certa vez, minha querida professora de história do fundamental dois, em uma discussão desnecessária com alunos em sala falou: “Meninos não confundam liberdade com libertinagem”.
Eu diria o mesmo pro supremo federal, eu diria o mesmo pra Ricardo Lewandowski, eu diria até pro Eros Grau, mesmo estando ele aposentado. O trabalho do supremo não me é estranho, na verdade admiro muito na maioria das vezes, principalmente quando aquela instituição não segue a ideia do Gilmar Mendes, principalmente quando acontece um debate ala Grécia Antiga.
Porém, discordo de algumas decisões daqueles assalariados, e entre tais decisões está a tal de liberdade de imprensa, a decisão que não cobra daqueles que opinam em jornais televisivos um curso superior de jornalismo. De fato, se Lula não tinha diploma universitário, por que Samuka tem que ter?

Má formadores de opinião que se espalharam logo após a decisão do supremo, enchem os lares com o fanatismo midiático, emitindo opiniões que incitam a violência, tratando tragédias sociais de forma carnavalesca, agredindo culpados e inocentes, desfazendo o trabalho que professores fazem durante várias aulas, debochando dos direitos humanos, um instituição consolidada em todo o mundo civilizado.

Nem toda culpa é do supremo que legalizou esse tipo de fossa jornalística, como também nem todos que tem diploma são necessariamente bons para o cargo. De fato, nesse caso acho que deveria ser feita uma analise de liberdade de imprensa para que a mesma não vire libertinagem de imprensa, pois a TV infelizmente tem um papel mais importante na educação popular do que o próprio professor e a escola, e o tipo de formadores de opiniões contratados por empresários fazem mal ao Brasil, ao mundo, ao planeta!
Obs.: Nunca entendi por que a pessoa é chamada pra dançar depois de matar, roubar, ou de praticar qualquer outro tipo de contravenção penal... Qual a graça nisso?
Um comentário:
Muito interessante o seu ponto de vista. Ajudou-me muito para a construção da minha redação.
Beijos, bom find. Maíra
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