quinta-feira, 25 de março de 2010

Minha mãe é heróina!!!



Existe um discurso muito tedioso a respeito das mães, nossas progenitoras. Tal discurso, como já frisado tedioso, levanta a seguinte indagação: toda mãe é heroína? De fato, quase toda mãe tem um pouco de heroína; caso contrário a sociedade não estaria lotada de filhos rebeldes e com tendências ao uso de alucinógenos.

Talvez as mães heroínas usem de tal substantivo ou adjetivo, pelo simples fato de não estarem preparadas, ou mesmo, não quererem ser mãe, uma escolha pessoal. Porém, mesmo com tal escolha, faltou insensibilidade para abandonar aqueles que por ventura são gerados por elas, e por ventura se transformaram numa cria de sua má qualidade heróica – ou seja, heroína, literalmente.
Como todas as progenitoras, a minha também é uma heroína, daquela que quer consumir todo o meu físico. Porém, embora sendo heroína, prefiro dar crédito aos dados não relacionados à questão da heroína, e transformar minha escrita a respeito daquela que me gerou um tanto quanto tediosa e dizer que ela se esforçou para fazer o possível, mesmo sendo a sua obrigação.
Por que temos que agradecer pelo esforço do ser feminino, que gera uma vida, por toda educação e compreensão dada àquilo que elas põem no mundo? Eu não agradeço à minha mãe pelo que sou, apesar de me orgulhar do meu presente. Na verdade, acredito que todas que tiveram como objetivo engravidar e criar têm como obrigação se esforçar, mesmo que isso implique em ela se tornar uma heroína, como a mãe de um amigo meu, uma droga.
Será que tais pensamentos me tornam um descendente mal agradecido? Caso seja positiva a resposta, é culpa da minha heroína do lar.

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