
Existe um discurso muito tedioso a respeito das mães, nossas progenitoras. Tal discurso, como já frisado tedioso, levanta a seguinte indagação: toda mãe é heroína? De fato, quase toda mãe tem um pouco de heroína; caso contrário a sociedade não estaria lotada de filhos rebeldes e com tendências ao uso de alucinógenos.


Por que temos que agradecer pelo esforço do ser feminino, que gera uma vida, por toda educação e compreensão dada àquilo que elas põem no mundo? Eu não agradeço à minha mãe pelo que sou, apesar de me orgulhar do meu presente. Na verdade, acredito que todas que tiveram como objetivo engravidar e criar têm como obrigação se esforçar, mesmo que isso implique em ela se tornar uma heroína, como a mãe de um amigo meu, uma droga.
Será que tais pensamentos me tornam um descendente mal agradecido? Caso seja positiva a resposta, é culpa da minha heroína do lar.
