quinta-feira, 29 de julho de 2010
Não poderia ser pior
Tocar, escutar, pogar, discutir e se divertir são coisas que não me separaram do bom e não tão velho Hard Core, e para mim, são esses pontos que sustentavam a ideia de música underground, uma música sem firulas, com objetivos claros, não financeiros, um testemunho da agonia social.
Simplesmente passou? Não, não passou não! Porém, é difícil achar novas vertentes da música underground que se identifique com a escola musical oitentista, noventista ou até do início desse novo século. De fato, as novas bandas, ao menos aquelas que chegam aos adolescentes por meios midiáticos, inverteram tudo aquilo que se tinha construído sobre postura Rock, pra não citar a postura Punk, a qual, roubaram parte do visual e misturaram com ideais direitistas burguês.
Bandas como Restart, Nx-Zero, Cine, e um mói de outras bostas, são aquilo que melhor representa a postura Posers, verdadeiramente posers, um verdadeiro modelo de um “roqueiro de shopping”, que infiltrados não só nos meios midiáticos, como a TV, mas também em qualquer região urbana, notadamente rock, denigrem aqueles que realmente ouvem a musicalidade e vestem a ideologia dos três acordes, e que historicamente construíram algo que não poderia terminar (e lógico que não terminou) assim.
A grande dúvida do momento, ao menos pra mim, gira a respeito do que mais pode acontecer com a música e ouvintes do underground brasileiro. Bandas, tipicamente burguesas, são a porta de entrada para que adolescente se identifiquem com o modelo musical e passem a procurar mais a respeito, mas a partir do momento que a referencia se tornou tais bandas citadas acima, "temo" que o underground morra.
Morra porque seu ideal não era apenas musical, como hoje é. Morra porque a visualeira é mais importante que tudo, e nesse mundo de estilistas o que sobrevive é aquele que melhor representa a decadência cabeleira, ocultando a iniciativa de debates a respeito de outros temas que muito provavelmente deveriam ser o fogo de uma juventude que é excluída socialmente, e que se acomodou da sua exclusão. Morrerá e não morrerá.
Porém, o mundo dos acordes nervosos estão cheios de pessoas subversivas que adoram contestar aquilo que os circunlam, cheios de pessoas com asco daquilo que está sendo criado, cheios de pessoas que representam o verdadeiro underground. São essas pessoas, identificadas ou não com algo nostálgicos, que farão o underground do underground, são elas que representam a resistência ao projeto besteirol, são elas que olharão para trás futuramente e vão se orgulhar de sua falta de identificação com tal presente e lembrarão futuramente, quando a derrota musical “EMO” chegar, que nessa (naquela) época não poderia ser pior!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Eu só queria gritar
Alguém que é muito famoso, embora esteja morto, escreveu em um certo momento que não me importa, a seguinte frase: “Se ninguém quer escutar, nada mais natural do que gritar”. É gritar (AAAAA)... Eu grito, e quer saber? Eu grito muito bem.
Já gritei em Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Guarabira, Campina Grande, Cuité de Mamanguape, Belém de Caiçara, Patos, Conde e várias outras cidades interioranas. Como também em várias cidades litorâneas como: João Pessoa, Natal, Recife, Fortaleza, Maceió... Certa vez gritei um carioca lá na cidade do Pará. Enfim, meu grito já ultrapassou fronteiras. Mesmo assim falta muitos cantos pra gritar, além de faltar muitas pessoas na minha lista que merecem ser gritadas.
Gritar faz bem, apesar de me deixar rouco. É com o grito que eu pretendo extravasar toda minha agonia, e foi com o grito que milhares de pessoas foram educadas. O grito, portanto, é uma ferramenta pedagógica, embora as políticas modernas tenham deixado tal ferramenta em posição escanteada.
Não pretendo gritar como meio repressor. Pretendo gritar como meio libertário, libertar todas as vozes pressas em minhas entranhas repressoras, libertar todas as vezes que injustamente fui calado, liberar aquilo que involuntariamente está sufocado dentro de mim, simplesmente eu grito!
Grito por minha intensa individualidade, grito para não sufocar todos aqueles que por ventura ocupam o mesmo planeta em que vivo e parasito, grito por aqueles que nunca gritaram, não por serem mudos, afinal, existem outros meios de gritar que não seja com a boca, grito... grito... grito (AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA)
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Eu espero uma mudança!
Estamos em ano eleitoral e talvez esteja na hora de ocultarmos nossos desejos privados e pensarmos racionalmente sobre o que de fato é melhor para o povo paraibano. Melhor em um sentido de real mudança, e não de continuísmo do subdesenvolvimento que a anos se tornou a frente alegórica da política paraibana.
Não! Não existe rostos novos, no entanto existe boas escolhas, da mesma forma que existe, e neste caso é a maioria, de rosto conhecidos que sempre podemos assimilá-los com aquilo que não presta, aquilo que devemos negar.
Negar, por exemplo, o continuísmo. Somos pobres, atrasados e ridicularizados nacionalmente. Será que a culpa é realmente do povo paraibano ou de sua classe política? Ambas tem sua parcela de culpa, porém são os eleitores que são coniventes pela perpetuação de famílias maléficas na organização do poder político, e sendo assim da sua própria situação.
Eu não só digo não... como grito NÃO. Farei minha derradeira campanha contra nossos atuais representantes, farei meu papel de eleitor e cidadão, e dia 3 de outubro direi não ao coronelismo, direi não a diversas coligações, e sairei desse processo eleitoral de cabeça erguida, e mesmo que meu voto não seja relevante para a derrota do opressor meu papel será fundamental.
Nossos representantes políticos sempre usam o discurso da esperança. Porém, sabemos nós que a esperança é a ultima que morre, portanto enquanto não a matarmos estaremos sempre em um transe exótico e em uma realidade derradeira digna da desigualdade social.
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